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Curtinha: conheça a Hija de Punta, cerva lançada pelo Gonzalo. Lupulada e refrescante!

Na esteira das cervejas artesanais que ganham cada vez mais espaço pelas casas da cidade, o Gonzalo, casa de carnes uruguaias que você já conheceu aqui, resolveu lançar a sua marca. A missão foi dada ao mestre cervejeiro Leonardo Rangel e assim nasceu a Hija de Punta, que é produzida na Mistura Clássica, em Volta Redonda. Na última quinta-feira dia 12, o rótulo foi lançado no Brewteco, bar de cervejas recém inaugurado na Dias Ferreira e no qual pretendo voltar com calma.

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A novidade se mostrou um acerto antes mesmo de abrir a garrafa. O rótulo é criativo e tem a cara do verão Rio de Janeiro, apesar de remeter a Punta del Leste em função do conceito uruguaio dos criados. No sabor outra surpresa extremamente agradável. No nariz, esta Lager mostra uma sucessão de aromas principalmente cítricos com notas claras de maracujá além de ser bem lupulada. Na boca muita refrescância. Em certos momentos você pensa estar bebendo uma cerveja com teor alcoólico alto, mas a Hija tem apenas 4,8%. Tiro certo.

Quem quiser conferir, a novidade entra no cardápio do Gonzalo na próxima terça-feira, dia 17. A long neck será vendida por R$ 16. Outras casas, como o próprio Brewteco, também devem receber remessas do rótulo. Assim que souber a relação completa coloco lá na página do Facebook, Saúde!

Zee Champanheria: casa nova com bons preços nas borbulhas agita a Conde Bernardotte!

No post do Rapadura já havia dito que sou fã da Rua Conde Bernardotte, no Leblon. Como a Luninha mora perto, é sempre uma boa opção para ir a pé em tempos de Lei Seca. E agora, além dos clássicos Academia da Cachaça, Herr Pfeffer e Adão, a área ganhou mais uma opção que foge do roteiro cerveja e chope: a Zee Champanheria. Localizada entre o Adão e o Informal, o espaço conta com mesinhas do lado de fora e um sofá em clima de lounge na parte de dentro.

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Mas de cara já vem logo o pensamento: “champanheria no Leblon deve custar os olhos da cara”. Sentei também com este receio, mas não foi o que encontrei ao ter em mãos a boa carta da casa. Claro que os rótulos top com cifras altas para quem quiser estão lá, mas existem outros com um belo custo benefício. O Valduga 130, por exemplo, sai por R$ 95. Trata-se de um maravilhoso nacional, já vencedor de algumas premiações, e está com um ótimo preço. Foi o segundo da noite.

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Antes dele iniciamos com a Cava Codorníu clássica (R$ 78). Leve e refrescante, este espanhol caiu muito bem na noite de calor do verão carioca. Por fim tomamos um rosé argentino da Navarro Correas (R$ 87). Este brut é feito todo com malbec e se mostrou bem frutado. Uma boa pedida também.

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Para acompanhar, o cardápio, reduzido e competente, conta com boas opções de petiscos e risottos. Mas aqui achei que as cifras poderiam ser um pouco menores. Começamos com uma deliciosa porção de queijo coalho em crosta de gergelim com geleia de pimenta (R$ 30). Chegou na mesa quentinho, fresquinho e muito crocante e aqui eles foram empanados e fritos e não grelhados com as sementes. Interessante.

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Em seguida, seis mini hambúrgueres (R$ 32). A estrela da noite. Fico sempre com pé atrás ao pedir hambúrguer em tamanho reduzido. Sempre acho que a carne vai vir bem passada. Mas não foi o caso. Todos estavam feitos de maneira impecável. Temperados na medida, com queijo bola derretido e cebolas caramelizadas. Os pães variam: três clássicos e três australianos. Bola dentro.

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Os risottos também chegaram bem fresquinhos, e aqui realmente para apenas uma pessoa. São quatro opções e provamos dois deles. A base me pareceu a mesma, com um ou outro ingrediente diferente. No de camarão com cachaça (R$ 36), ervilhas davam um toque. Já no de ragú de cordeiro (R$36), a estrela poderia ter vindo em quantidade maior. Mas o sabor não decepcionou.

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Provamos ainda como cortesia da casa o Clericot. Ele ainda não consta no cardápio, mas já pode ser pedido e tem a cara do verão já que se mostrou um drink extremamente refrescante. Feito com espumante brut rosé, vodka redberry da Ciroc, abacaxi, kiwi e morango, tem tudo para cair nas graças de quem for lá conferir.

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No fim, mais um item que ainda não está no cardápio, mas já pode ser pedido: um bom souflê de chocolate acompanhado de sorvete (R$ 20). Finalizou bem uma boa noite de descoberta.

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A Zee tem menos de um mês de funcionamento e espero que tenha com vida longa. Acho bacana a aposta e a proposta em um lugar tomado por casas em que o chope e a cerveja são as prioridades. É uma opção. E rolam ainda algumas promoções, como taça em dobro de terça a quinta e sobremesa cortesia nos domingos para quem pedir dois risottos. É para se perder nas bolinhas e brindar! Até a próxima!

Zee Champanheria

– Rua Conde Bernadotte – 26, loja 124, Leblon, Rio de Janeiro – RJ- (21) 3437-3613
Terça a sábado, das 18h às 1h. Domingo, das 13h às 22h.

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Volta: o passado com toques modernos em uma tarde maravilhosa na casa com ar vintage

O nome é uma referência ao Venga!, casa de tapas espanholas dos mesmos sócios. Mas se ninguém me falasse pensaria que é pelo clima da nova empreitada. O Volta é um pulo ao passado sem esquecer o toque moderno. O bar no salão mostra um contraste das bebidas e do design com a decoração vintage e os produtos de mercearia com embalagens antigas. Aliás, este talvez seja o único toque atual. O resto, das receitas na parede, passando pelos bules esmaltados como lustre, pela louça onde chega a conta, e pelos pratos e guardanapos, tudo nos faz pensar na casa dos avós. E a comida. Ah, a comida!

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No cardápio galinha com quiabo, salpicão de frango, língua, sardinha, fígado, carne assada… Tudo com cara de antigamente, mas com interpretações e toques modernos sem perder a essência. Sentei com Dona Cavalierona e o clima da casa ditou o tom da conversa. Minha mãe, de infância humilde, logo relembrou que na casa dos meus avós suã era algo comum assim como moela e sardinha… Recordou que o bule era daquele jeito por ser mais barato, que usava-se pano de prato para limpar a boca…

Mas a fome era grande e fomos explorando as opções. Começamos com duas porções dos canapés. E fui arrebatado por eles. Para mim as melhores comidas da tarde. O primeiro de moela com ovo de codorna (R$ 14 – quatro unidades). A moela de sabor marcante veio moída e coroada com um ovinho de gema mole impecável.

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Mas o de tapioca com sardinha marinada roubou a cena (R$ 14 – quatro unidades). Incrível. Um show de contrastes. Crocante da tapioca, macio e salgadinho do peixe, o docinho picante da geleia de pimenta e uma maionese de ervas que uniu perfeitamente o canapé. Maravilhoso.

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Fomos então para as entradas. E acabou que ficamos só nelas. Fartas e saborosas, as porções nos serviram de prato principal. A primeira de fígado com cenoura glaceada (R$ 24). É difícil achar um fígado bovino de qualidade para comprar e foi isso que encontrei. Iscas carnudas, um molho espesso, saboroso e envolvente que foi devidamente sugado por um pão rústico de muita qualidade.

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Em seguida o que foi nos apontado como uma das estrelas da casa: o quiabo com esfera de queijo (R$ 20). O vegetal vem grelhado com um gostinho queimadinho e com a baba aprisionada. Ao lado pimentas e pimentões picadinhos. Por cima um creme de queijo minas artesanal de sabor intenso e marcante. Tudo é incrível, da apresentação ao sabor.

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Finalizamos com mais uma entrada: o salpicão (R$ 26). Mas também tem uma bossa. A base é a de sempre: maçã, aqui em lâminas finas, cenoura, aipo, passas e o molho de iogurte unindo tudo. Mas o frango vem como item principal. São dois filés empanados com mandiopã que confere uma textura incrível ajudando a brincar com os contrastes. Extremamente criativo e diferente do que se está habituado.

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A vontade era continuar ali batendo papo, relembrando histórias e explorando o cardápio. O clima era esse. Mas não aguentávamos comer mais nada. E isso não foi um problema. Afinal de contas, a tarde foi extremamente agradável. E nos fez perceber mais um significado para o nome da casa. Afinal de contas, vai ser difícil não voltar. Até a próxima.

Volta
– Rua Visconde de Carandaí – 5, Jardim Botânico, Rio de Janeiro – RJ, (21) 3204-5406
Segunda a quarta das 12h à 0h, quinta a sábado as 12h à 1h e domingo das 12h às 18h. 

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The Carioca: transformando um lobby de hotel em uma atração com boas ideias de petiscos e belas sobremesas

Em um primeiro momento o conceito parece inusitado. Afinal de contas, o lobby de um hotel acaba naturalmente se tornando uma rota de passagem. Mas por que não transformá-lo em uma atração a mais seja para o hóspede ou simplesmente para quem quiser tomar um drink e comer algo em um ambiente com ar condicionado de cara para a praia de Copacabana? Esta foi a ideia da cadeia JW Marriott ao inaugurar oficialmente – já estava em soft opening há dois meses – o The Carioca no lobby de sua unidade na Avenida Atlântica.

O ambiente é extremamente bem decorado, composto por mesas e cadeiras confortáveis e iluminados pela luz natural durante o dia, quando estive lá. Chama atenção também o lustre imponente que fica sobre o bar e remete ao mar já que é feito com material que se parece com conchas.

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Passada a estranheza inicial, como disse é um lobby por onde passam hóspedes e também participantes de possíveis eventos, fomos ao cardápio desenvolvido pelo chef paulista de formação francesa Ramiro Bertassin. Apesar do nome em inglês, talvez herança da cadeia de hotéis americana, dá para sentir um pedaço do Rio seja pela roupa dos garçons, com blusas listradas e chapéus, ou mesmo pelos porta copos com imagens da cidade que podem ser levados para casa pelos clientes.

Chama atenção também a quantidade de ingredientes e conceitos brasileiros. Segundo o próprio chef, muitas das criações foram frutos de andanças pela cidade e pela praia. Primeira prova disso é o biscoito de polvilho. Em formato de grissini, ganhou páprica que confere cor e notas picantes sem perder a característica do Globo que se come nas areias.

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Quer mais uma? O queijo coalho tem o mesmo queimadinho das churrasqueiras, mas vem coroado por geleia de cachaça e uma couve crocante. Ou seja, você tem salgado, doce, defumado e um toque de amargor dado pela couve. Bem interessante.

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No copo, o drink The Carioca faz bonito. Leva maracujá, guaraná, cachaça e hortelã. Refrescante e com o nível de álcool no ponto certo. Opção não alcoólica, a Grape Lemonade é uma boa escolha para quem for o motorista da rodada, mas quiser beber algo diferente. Provamos também o ceviche que manteve a receita clássica sem grandes invencionices. Fresco e bem feito.

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Em seguida, vieram as bruschettas de cogumelos com brie gratinado. A única ressalva que faço é o fato de o pão não ter vindo tão crocante. De resto, o sabor estava impecável. Cogumelos frescos que contrastaram bem com o queijo que chegou com um toque defumado do brulée.

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Das criações mais leves para as frituras. O bolinho de arroz com gruyere e carne seca foi muito interessante e é um item que irá entrar no cardápio. O aipim frito trufado veio macio e com o óleo sem mascarar o seu sabor. O mesmo não posso dizer dos pastéis. Provamos o de carne seca com queijo que poderia ter vindo mais recheado e crocante. De bom o vinagrete com azeite de pimenta deu um toque bem gostoso.

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Mas quem se sobressaiu de vez nesta leva foi o croquete de pupunha. Espetacular. Crocante por fora e cremoso e saboroso por dentro. Apesar de ser um creme, ainda se sente a textura firme do pupunha e seu sabor ligeiramente adocicado. O complemento é uma muito bem feita geleia de pimenta.

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Fomos então para os sanduíches. Provamos o hambúrguer de rabada, feito com a carne desfiada. Estava bem saboroso, bem temperado e vinha com brotos de beterraba e pimenta biquinho. Ou seja, bom contraste de sabores. Já os sliders de pupunha foram uma ideia perfeita para aproveitar novamente um dos melhores petiscos da noite: o croquete. Na base uma passada de mostarda de dijon traz o picante que forma bom contraste com o salgado de tom adocicado que faz as vezes de carne e com a mussarela de búfala. Os dois sanduíches vieram em um pão de milho leve e com erva doce.

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As sobremesas foram um desbunde. Como disse, a formação do Ramiro é em pâtisserie e aqui ele se destaca sem qualquer irregularidade. Primeiro a Brasileirinha, levíssima mousse de chocolate com cachaça com creme de cajá e crumble de castanha. Como diz o nome, nada pode ser mais brasileiro. A cachaça se faz presente, mas sem dominar o doce.

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Os bolinhos de chuva chegam fofinhos e com três opções de calda: chocolate, melaço de cana e um doce de leite caseiro que leva cumaru que chamou muita atenção pela leveza, cremosidade e sabor. Este doce, aliás, forma a base da versão de Ramiro para o clássico francês creme brulée. Muito gostoso. Por fim, provamos ainda a queijadinha com frutas vermelhas que não me pegou ainda mais depois desta sequência.

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Todas as porções provadas, como visto nas fotos, são para dividir. Esta é a proposta da casa. E os preços ficam entre R$ 25 e R$ 40. Os drinks ficam até R$ 30. A casa conta também com cervejas artesanais brasileiras e algumas importadas.

Infelizmente não sobrou espaço para os pratos principais, mas o Brasil se faz presente no confit de galinha com quiabo ou na costela de tambaqui. Vou ter de voltar para experimentar. Afinal de contas, um lobby de hotel nunca foi tão atrativo. Mais informações sempre na página do Facebook, E no Instagram (@GastroEsporte)

The Carioca
Todos os dias – 06h às 0h – (21) 2545-6551/2545-6557
JW Marriott – Avenida Atlântica, 2600 – Lobby.

Escobar: o que tinha tudo para dar certo se tornou uma tarde extremamente desastrosa e desagradável

Tinha tudo para ser uma grande tarde. Fui para o Escobar com uma expectativa alta em função do que conheço do trabalho do Chef Checho Gonzales. Ao lado de amigos, a ideia era ter um agradável almoço na folga de sábado com boa comida e bons drinks. No entanto, o caldo entornou. Uma sucessão de equívocos, desculpas esfarrapadas e absurdos acabou com os nossos planos causando um desagradável clima de estresse, revolta e decepção na nossa mesa.

Sentamos às 14h. O restaurante, com salão extremamente bem decorado e sóbrio além de contar com um bar que fica no centro convidando você a tomar um drink preparado diante dos seus olhos dependendo de onde você senta, não estava cheio. Ainda esperando mais duas pessoas, éramos três neste momento, pedimos duas bebidas da criativa carta desenvolvida pelo mixologista Gustavo Stemler.

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Um deles foi mais tradicional: Bloody Mary (R$ 28). Não sou fã, mas provei e de fato estava espetacular. Já eu fui em uma das criações: chope molecular. O meu levava Pisco Capel, hibiscos, limão siciliano e colarinho de Negroni (R$ 19). Muito diferente, uma delícia quando bebia os dois componentes juntos. Mas nada deste prazer veio sem antes do primeiro “shot” de estresse.

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Posicionado de frente para o bar, pude ver a finalização dos drinks na minha frente. Mas quem disse que assim que foram posicionados no balcão alguém foi lá buscar para trazer? Foram quase dez minutos vendo eles parados lá até o momento em que tivemos de nos levantar e ir lá buscar. Isso mesmo: ir lá buscar. O barman nada entendeu. Ao informarmos o que tivemos de fazer, fomos comunicados de algumas ausências na equipe. Procuramos entender e seguimos com a tarde.

Agora com a mesa completa, fomos escolher mais um drink. Pedimos a jarra de 1 litro de Clericot (Vinho branco, frutas vermelhas, abacaxi e alecrim – R$ 60). A situação acima se repetiu sem tirar nem pôr: uma excelente combinação, extremamente refrescante, mas que novamente tivemos de praticamente nos levantar para pedir que alguém trouxesse a jarra e as taças.

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O clima na mesa começou a ficar pesado, mas eu estava extremamente esperançoso na comida e tentava amenizar. Às 15h fizemos o pedido. Foram quatro menus do Restaurant Week e uma pedida à la carte. Neste meio tempo, o clima na casa já era tão caótico que presenciamos dois casais entrarem, ficarem em pé esperando algum tipo de atendimento e irem embora após serem completamente ignorados.

45 minutos depois, chegaram as entradas. Vamos repetir: 45 minutos. O que eram as entradas? Ceviches e tiraditos. Absolutamente nada levava forno, fogão ou um preparo elaborado. 45 minutos para dois ceviches de robalo, um de camarão e dois tiraditos de namorado. Como eu já esperava, a comida estava muito boa. O ceviche estava equilibrado, muito bem temperado e o peixe na textura certa. O tiradito veio com fatias no tamanho certo e a combinação de brotos, limão galego, pimenta biquinho e palha de pão árabe foi muito boa e criativa. Mas a demora nos tirou parte do prazer.

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Após a entrada, os minutos foram passando e o clima passou a ser de preocupação. Afinal de contas, duas na mesa trabalhavam às 17h. Já passava das 16h e nada dos pratos principais. Chamávamos os funcionários e cada um dava uma versão. Na mesa ao nosso lado, o prato principal antes da entrada. Caos. Um dos chefs desceu para ajudar no atendimento tamanha era a confusão. Para tentar amenizar ele nos mandou uma cortesia: Guacamole com chips de batata doce. Mais uma vez tudo muito gostoso. O abacate extremamente fresco e temperado. Os chips, apesar de oleosos, muito saborosos.

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Já irritado com a demora, fui até o bar pedir lá diretamente o meu drink. E mais uma surpresa incrível: Mojito feito com rum com infusão de tomate seco, tomate cereja e manjericão (R$ 19). Diferente demais do que se encontra por aí.

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Foi um sopro de calma que acabou de vez às 16h30. Uma hora e meia depois de termos feito os pedidos, os pratos chegaram trocados na mesa. Sim. Pedimos quatro peixes em papilotte com cogumelos e sem que ninguém nos avisasse de absolutamente nada apareceram em nossa mesa quatro trutas com molho de tomate e especiarias. Ali a brincadeira acabou de vez. Me recusei a encostar no prato e não queria nem que fosse servido. Meu amigo pediu um bife grelhado que foi o pedaço de carne mais depressivo que já vi em toda minha vida. Não tive coragem de tirar foto assim como ele de provar. Só pensava em ir embora.

Ao perceber o clima de revolta, um dos donos veio na mesa e nos disse que o nosso prato pedido às 15h havia acabado. E o nosso foi substituído por outro sem que ninguém fosse consultado. Ele continuou dizendo que teve um problema de fornecimento nos peixes. Isso é algo que muito me espanta. Grande parte do cardápio da casa conta com peixe. Se isso foi identificado cedo, assim como o problema com o staff, não seria mais inteligente fechar as portas por um dia para normalizar as coisas e evitar este tipo de situação constrangedora? Em seguida, nos disse que não iria cobrar o que havia sido consumido como se fosse um favor quando na verdade isto era o mínimo que ele deveria fazer.

Como disse, tinha tudo para ser uma grande tarde. O que comi, e principalmente o que bebi, estava muito bom. A gente chega da casa da Luna em cinco minutos andando lá. Ou seja, tinha tudo para me tornar um cliente assíduo. No entanto, tudo o que aconteceu me fez querer tomar distância. Saímos de lá frustrados, irritados e extremamente decepcionados. Uma pena. Nem o Checho e nem o Gustavo merecem colocar em risco a reputação de ambos em algo que beirou o amador.

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– Rua General San Martin – 359, Leblon, Rio de Janeiro – RJ – (21) 2259-9482 / (21) 2274-8871
Segunda a quinta, das 11h45m às 15h30m e das 18h à 1h30m. Quinta a sábado, das 18h às 3h.

Irajá Gastrô: definitivamente entre as casas top da cidade.. Um almoço simplesmente impecável.

Estava muito afastado do Irajá Gastrô. Na verdade nem sei porque. Afinal de contas, meu retorno na casa simplesmente confirmou o que eu sempre soube. Trata-se para mim de um dos melhores restaurantes da cidade. Do início ao fim é tudo muito impecável. Estive lá na última terça-feira ao lado do Rona, para comemorar seu aniversário, e da Dona Cavalierona e todos saíram com o sorriso aberto e com a certeza de que não dá para demorar mais tanto tempo para voltar.

Após passar pela sala onde fica o bar, que serve drinks e entradas enquanto você espera por uma mesa, e pelo corredor com um balcão que antigamente dava para acompanhar a movimentação da cozinha, chegamos ao aconchegante salão com a parede de vidro que mostra um jardim sóbrio. Pequeno e de bom gosto.

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Antes de escolhermos os pratos pedimos os chips de mandioca com grana padano. Chegam extremamente crocantes e sequinhos. No fundo um gostinho delicioso de manteiga de garrafa. Uma boa maneira de começar o dia. Na taça, o chardonnay brasileiro da Villa Francioni (R$ 94). Uma bela sugestão.

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Pensamos em pedir a Experiência Irajá (R$ 110 por entrada, prato e sobremesa). No entanto, demos um azar de neste dia específico a casa ter tido um problema com seu fornecedor de peixe. Então não tinha nem o Falso Toro, um tartar de atum com foie gras, e nem o bacalhau. Resolvemos então abortar as entradas e pedir pratos. O menu atual conta com apenas os clássicos que marcaram os dois anos da casa. Aos poucos o chef Pedro de Artagão vai atualizando com as suas criações.

Fui então de Irajá Burguer. A carne Black Angus veio no ponto perfeito, bem rosado por dentro, com queijo minas padrão e uma cebola confit que contrastava perfeitamente com uma belíssima compota de bacon. Simplesmente espetacular. As batas fritas estavam crocantes por fora e macias por dentro e acompanhadas por uma maionese caseira a base de manteiga simplesmente diferente de qualquer uma que já havia comido.

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Rona, o aniversariante, foi de Filé a Piamontese. Mas esqueça o que você já viu em outros restaurantes ao pedir esse prato. O filé, que estava muito mal passado – eu gosto, mas Dona Cavalierona, por exemplo, deu uma torcida de nariz, vem extremamente macio e com um pedaço de barriga de porco no meio e com um molho delicioso.

Mas a estrela aqui é o arroz. Quando o prato chega você vê apenas cogumelos refogados. Aí é que o termo “Foodporn” aparece em toda a sua essência. O arroz extremamente cremoso vem em um potinho e é despejado na sua frente se misturando aos cogumelos frescos. Sério, é papo de pegar o guardanapo e limpar a saliva antes da primeira garfada.

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Mas o auge veio com Dona Cavalierona. A cara de felicidade dela a cada garfada do Risotto de camarão, feijão branco e requeijão era cativante. Primeiro pela linda apresentação. E segundo pelo contraste de sabor e texturas que tinha no prato, eleito o melhor da tarde. Há muito tempo não a via tão feliz em um restaurante. Eu, como todos sabem, não comi o camarão, mas provei o arroz e de fato estava incrível.

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Fechamos a tarde com o que já virou um clássico: o bolo quente de brigadeiro acompanhado de um creme de baunilha. Novamente o “Foodporn” se aplica por aqui. O creme é despejado na sua frente e automaticamente “sugado” pelo bolo. Aí é um show de contrastes. O docinho e geladinho com o quente e amargo do chocolate usado no bolo e no brigadeiro. Absurdo.

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Pelo visto, ficou claro como gosto de lá. As cifras são um pouco altas, mas condizentes à qualidade do que é servido e do esmero em seu preparo. Infelizmente esqueci de anotar certinho, mas os pratos ficam entre R$ 55 e R$ 80. Mas na minha opinião vale e muito ir lá conhecer se você ainda não teve a oportunidade. Os que já foram certamente sabem do que estou falando. Tenham esta experiência. E até a próxima!

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Irajá Gastrô

Rua Conde de Irajá, 109 – Botafogo, Rio de Janeiro – RJ – (21) 2246-1395
Ter a qui, das 20h à 0h; Sex e sáb, das 20h à 1h30m

Começou o Restaurant Week! Uma boa noite no Zot Gastrobar, que derrapou apenas na sobremesa.

Foi dada a largada para mais uma edição do Restaurant Week em 2013 – termina no dia 3 de novembro. Para quem não conhece ou não se lembra, várias casas espalhadas pelo Rio de Janeiro desenvolveram menus com entrada, prato e sobremesa por um preço fixo: R$ 34,90 no almoço e R4 47,90 no jantar. O site do evento, que infelizmente está constantemente fora do ar, conta com a lista completa de restaurantes. Alguns são figurinhas repetidas e outros figuram por lá pela primeira vez. E na última sexta comecei a brincadeira conhecendo um lugar que há tempos queria ir: o Zot Gastrobar. E foi uma boa experiência.

A decoração é bonita e o salão pequeno é aconchegante. Os quadros negros com promoções especiais na carta de vinho e pratos que mudam ao longo da semana dão um toque bacana. Mas fomos lá jantar pelo Restaurant Week. Então, como quase sempre fazemos, pedimos uma de cada das duas opções.

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Vamos às entradas. Mousse de tomate seco com pesto de coentro abriu a noite. Estava gostoso, mas eu colocaria um pouco mais do gostoso pesto. Uma única crítica foi a textura. Poderia estar um pouco mais firme, mas em termos de sabor foi um bom começo.

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A salada de penne com carne desfiada e legumes também veio saborosa. Mas novamente dois pitacos. Os legumes, que estavam crus e cortados em cubos precisos que davam textura ao prato, poderiam ter vindo em maior quantidade. O mesmo digo do molho que unia o prato. O sabor, como disse, muito bom. Mas estes pequenos detalhes deixariam a entrada ainda melhor.

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Um gole do saboroso Malbec francês Purple (R$ 89), sugerido pelo atencioso staff, antes de chegar o belo prato principal. Fui de costelinha de porco com barbecue de goiaba acompanhado de polenta branca e ervilhas tortas. Uma maravilha. A costela veio macia e o barbecue surpreendeu. Mas a polenta e as ervilhas estavam impecáveis. O contraste de texturas foi fundamental com o macio do creme e o crocante do legume.

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Luna foi de risotto de lulas com tomatinhos e limão siciliano. Ponto correto, escorrendo pelo prato. Colocaria um tantinho a mais de sal, mas nada que causasse dor de cabeça. Um risotto muito bem feito.

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As sobremesas acabaram sendo o único ponto de fato negativo da noite. Vamos por partes. A primeira, para mim, foi um equívoco: Piña Colada com raspas de chocolate branco. Quando li imaginei que fosse uma versão diferente do drink. Mas não, é literalmente uma piña colada. Não vejo lógica em tomar um copo de um drink após um jantar e uma garrafa de vinho. Estava gostosa? Sim. Mas para iniciar a noite e não terminar.

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A segunda também foi um erro, mas que no fim das contas deu certo. No cardápio era mousse de manga com calda de frutas vermelhas e farofinha de biscoito. No entanto, recebemos apenas os dois últimos dos três componentes. Sem que ninguém nos avisasse, o que é bem errado, a mousse de manga foi substituída pelo creme de chocolate branco com alecrim que é servido como sobremesa no almoço. Apesar do equívoco, o creme, pelo menos estava bem gostoso e acredito que possa até ser melhor do que a mousse de manga. Só gostaria de ter sido comunicado da mudança.

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Apesar do detalhe da sobremesa, a noite foi muito agradável e pretendo sim voltar para provar o cardápio regular do Zot. Pelo que vi, as opções são bem interessantes. E vamos em frente já que o Restaurant Week está só começando! Até!

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Zot Gastrobar

– Rua Bolivar 21, Copacabana, Rio de Janeiro – RJ – (21) 3489-4363
Terça a quinta, das 18h à meia-noite. Sexta a domingo, das 18h à 1h

Antiga Mercearia e Bar.. Uma grande novidade na Cobal do Humaitá, seja para compras ou para sentar e curtir!

Gosto muito da Cobal do Humaitá. É perto da minha casa e conta com dois lugares que curto ir: Puebla e Joaquina (que inacreditavelmente nunca falei por aqui). Mas recentemente uma novidade conquistou um lugar cativo entre os meus preferidos: Antiga Mercearia e Bar. Uma sacada genial, na verdade.

Durante todo o dia é uma mercearia que vende os mais variados produtos. Por lá você encontra geleias, massas, artigos importados, molhos e por aí vai. Além disso, no varejo você compra temperos, biscoitos doces, salgados, e até milho gigante do Peru, um espetáculo junto de um ceviche. E, é claro, o carro chefe: cervejas! As marcas são muitas e a ênfase fica nas nacionais. Bebe-se ali ou em casa.

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Mas a casa, extremamente bem decorada e que chama atenção de quem está no corredor que liga o lado da Voluntários com o da São Clemente, conta ainda com uma cozinha afiada. O cardápio de petiscos é enxuto, fazendo com que tudo esteja bem feito. São bolinhos, espetinhos, alguns pratinhos que chegam em uma marmitinha e também algumas porções.

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Estive por lá em várias oportunidades, o que me fez provar muita coisa diferente. Enquanto ninguém se decide, desce logo um chope e uma azeitoninha comprada a granel. São cinco torneiras sendo que duas são fixas com os artesanais que levam o nome da casa. São três tamanhos diferentes do Antiga Pilsen ou do Antiga Weiss. O primeiro é servido em um copinho de geleia personalizado. Alguns podem estranhar, mas achei criativo e diferente. Já o segundo vem no tradicional copo de trigo. Ambos muito gostosos.

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Comecei com o bolinho de feijoada (R$ 4,90). Não é o do Aconchego, é claro. Mas de todos que estão cada vez mais presentes nos cardápios pela cidade, este fez frente ao original. Casquinha saborosa, muito bem recheado com couve e linguiça. Um acerto.

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O croquete vem com propaganda no cardápio (R$ 4,80). Gostoso, mas não inesquecível. Ligeiramente mais adocicado que o do Alemão, por exemplo, mas casou bem com a mostarda escura.

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Em seguida o Bolinho de Bacalhau (R$ 4,80). Todos sabem como sou viciado (lembram do circuito Cadeg?) e este estava realmente bem gostoso.

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Pedi ainda dois bolinhos de aipim. O primeiro com catupiry e o segundo recheado com carne seca (R$ 4,50 cada). Chamou atenção em ambos a qualidade da massa: bem leve e saborosa. O primeiro é simples, para quem gosta de catupiry mesmo. O segundo tinha um recheio bem temperado, com cebola e salsa.

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Saindo das frituras, o espetinho de filé mignon veio no ponto certo de sabor e maciez (R$ 14,90). A farofinha que acompanhou estava saborosa.

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Já no campo dos petiscos, o pão de alho gratinado poderia ter ficado um tantinho a mais no forno, mas tem potencial (R$ 9,90). Só não peça caso você esteja em um encontro romântico.

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A última pedida foi a porção dos canapés de filé a milanesa (R$ 27,90). A combinação original do Astor é tiro certo. Torradas, queijo e um quadrado do milanesa. Sinceramente é muito difícil fazer isso dar errado.

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Como disse, gostei da novidade. E o público do Rio também, já que o movimento da casa tem estado cada vez maior. E acho merecido. Ideias criativas e bem executadas merecem ser premiadas. O atendimento, confuso no início, o que é perfeitamente normal, tem estado cada vez mais azeitado. Corrigido isso, a promissora casa tem tudo para ter uma vida longa, seja tomando algo por lá ou simplesmente passando para umas compras rápidas.

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Antiga Mercearia e Bar
Cobal do Humaitá – Rua Voluntários da Pátria, 446 – loja 7, Humaitá, Rio de Janeiro – RJ
(21) 2226-6553
Domingo a quinta, das 9h à meia-noite. Sexta e sábado, das 9h às 3h.

Sushi Leblon: a estreia na badalada casa foi uma bela experiência. Esqueça o glamour, sente no balcão e foque na comida!

Já são 25 anos, o que colocam a casa como uma das japonesas mais tradicionais da cidade. Mas confesso que nunca tinha pisado no badalado endereço. Tinha sim um certo preconceito com aquela aura de ir para ver e ser visto. Afinal de contas é uma das preferidas entre os artistas e personalidades, o que automaticamente gera uma fila monstruosa todos os dias. E nesta, pessoas vestidas como se estivessem indo para um casamento ou para um baile de gala: ternos, longos, saltos… tem de tudo! Isso me criava um bloqueio. Mas coube a um grande amigo me fazer baixar a guarda e finalmente conhecer a cozinha do Sushi Leblon. E a estreia foi com o pé direito. De fato uma bela noite em que exploramos e muito o que a casa pode te oferecer.

A começar pelo lugar. Nada de mesa. Sentamos no balcão onde acompanhamos de perto a ação do trio de sushimans França, Sandro e Luis. E confesso que ficar de costas para o bem decorado salão, que conta ainda com um belíssimo aquário, me agradou pelo fato de poder me concentrar única e exclusivamente na experiência gastronômica. Ou seja, não me interessava ver se algum artista entrasse na casa.

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Habitué de lá, o nosso “anfitrião” não nos deixou olhar o cardápio. A série de pedidos se deu em função de suas preferências e do que ele achava que iríamos gostar. Alguns foram grandes acertos. Outros não me agradaram tanto. Então vamos a eles. Começamos com a dupla de Sushi de Atum com Pimenta Biquinho (R$ 17 a dupla). O peixe estava fresco e carnudo e a pimenta fazia bom contraste.

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Em seguida algo inédito para mim: ostras cruas. Nunca havia comido. Estavam grandes, fresquíssimas e extremamente saborosas. Chegam na mesa também em duplas apenas com um limãozinho para botar por cima (R$ 16).

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A outra experiência inédita da noite para mim foi um Ceviche de Ouriço do Mar (R$ 27 a dupla). Não me agradou nem um pouco, principalmente a textura. O tempero estava bem equilibrado, com pimenta e acidez do limão na medida. Mas confesso que não repetirei isso no futuro.

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A noite continuou com o sushi de King Crab (R$ 29 a dupla). O adocicado da carne de caranguejo, em pedaço generoso por cima do arroz, foi bem agradável. Vale lembra que na taça estava um Alain Brumont, branco francês bem frutado que harmonizou muito bem (R$ 74). Mario foi de caipisake de lichia (R$ 20).

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Outro ponto alto da noite foi o Makimono de Salmão Skin (R$ 15 a dupla). Apelidado de Wilson, aquela bola do Náufrago, ou de Fabio Ferreira, para quem se lembra do zagueirão, estava perfeito. O crocante da pele de salmão fritinha e do pepino contrastavam perfeitamente com a maciez do arroz realizando o “conflito” de texturas.

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Em seguida Sashimi de Polvo com Azeite Trufado e Flor de Sal (R$ 21). O azeite é algo que tem de ser usado com cuidado para não dominar o prato. E eles fizeram bem. A textura do polvo estava boa e o sabor presente, principalmente nos que estavam por baixo e não receberam o fio do trufado diretamente. O Makimono de Camarão empanado com cream cheese e ovas de salmão (R$ 30) não me pegou simplesmente porque tenho rejeição grande à estrela desta pedida.

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Vamos então para a grande pedida da noite. Tudo bem, nada tem a ver com culinária japonesa, mas estava simplesmente espetacular a dupla de Foie Gras Brulée (R$ 27). O queimadinho dava um toque todo especial ao naco do untuoso foie. Um cubinho da manga no topo ainda dava um contraste de sabor e textura.

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O Sashimi de Salmão Gravlax também foi um acerto (R$ 31). Bem curado, mas sem perder o frescor, vinha acompanhado de saboroso molho a base de mostarda e coroado por generosa porção de caviar. Uma maravilha.

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Deu tempo ainda de dois quentes: os espetinhos de vieiras e aspargos (R$ 25 cada dupla). A vieira derretia na boca, sinal de ponto perfeito de cocção. Os aspargos estavam al dente e bastante saborosos finalizando bem demais a parte salgada da noite.

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Apesar de termos ficado completamente lotados arrumamos espaço para uma sobremesa. Em termos de sabor, o Petit Gateau de Amêndoas com raspas de limão siciliano e calda de chocolate branco estava espetacular (R$ 19). Tudo harmonizando perfeitamente em prato bem equilibrado. No entanto, o interior do gateau poderia estar mais líquido como manda o figurino.

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Como os amigos perceberam, a noite foi longa e serviu para desmistificar muita coisa. De ostras, passando por ouriços até chegar a onde tudo isso aconteceu. Sim, o Sushi Leblon é tudo aquilo que falei lá no início. As pessoas estão vestidas de maneira que em certo momento nem lembra o Rio de Janeiro. Os carros parecem saídos direto de um salão do automóvel. A fila é enorme e vira uma grande social. Mas por trás disso tudo existe uma cozinha impecável que sustenta a fama que o lugar tem. E a experiência é mais do que válida. Mas siga minha dica e peça o lugar no balcão. A verdadeira arte está por lá! Até a próxima!

Sushi Leblon
Rua Dias Ferreira, 256, Leblon – Rio de Janeiro
Segunda-feira das 12 às 16h e das 19 à 1h30. Terça-feira a sábado, das 12 à 1h30. Domingos das 13 à 0h.

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O clássico Braseiro da Gávea. Bom? Sem sombra de dúvidas! Barato? Vale a discussão!

No prêmio Rio Show de Gastronomia, o Braseiro da Gávea foi premiado na categoria “Bom e Barato”, gerando certa discussão. Bom ninguém tem dúvidas de que esse clássico do Rio de Janeiro é. A picanha é realmente especial e raramente vem fora do ponto. Mas o barato é discutível. Comparados à alta gastronomia, os preços são sim honestos. Mas há inúmeras opções pela cidade onde se come bem mais barato (inclusive aqui mesmo já dei o exemplo do Caravelas do Visconde).

Mas deixemos a discussão de lado. Afinal de contas, achando barato ou não, o Braseiro é um lugar que merece ser visitado. Fica no coração do Baixo Gávea, reduto tradicional da cidade. A decoração é a mais simples possível, seja no salão ou na varanda de onde você pode ficar de olho nas noites movimentadas.

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Não há como dispensar as linguiças (R$ 3 a unidade) que circulam pelo salão nos espetos. Chegam ao lado de um molho a campanha mais simples impossível. Lá, inclusive, eles abrem mão do pimentão verde. Para beber chope Brahma por R$ 6.

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O pedido, na minha opinião, é um só: Picanha Braseiro. O corte vertical pega todas as partes da picanha. Ela vem fatiada e no ponto perfeito. A ponta, naturalmente mais macia, estava espetacular. A parte de cima também estava igualmente saborosa e com boa maciez. Chega na mesa acompanhada de Arroz de Brócolis, Batatas Fritas (de verdade, não as congeladas, o que é um ponto mais do que especial) e Farofa de ovo com banana. Sente o close abaixo! Essência do “FoodPorn” não?

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O prato sai por R$ 85. Neste dia, éramos três e foi a conta certa depois de uma linguiça e meia cada um. No fim, a conta, que incluiu seis chopes e dois refirgerantes, acabou saindo R$ 53 para cada um. Caro? Não. Mas se come mais barato? Sim. Fossemos dois certamente seria pesado.

A reflexão é de cada um e o debate mais do que válido. Acho que a discussão se faz necessária até em função dos preços que costumamos encontrar pela cidade. Mas caro ou barato, não dá para negar que bom o Braseiro é demais.

Braseiro da Gávea
– Praça Santos Dumont, 116, Gávea, Rio de Janeiro – RJ – (21) 2239-7494
Dom a qui, do meio-dia à 1h ; sex e sáb, do meio-dia às 3h

Dúvidas ou considerações é só deixar no comentário ou mandar via Twitter ou Instagram (@GastroEsporte), ou melhor ainda, vai lá na página do Facebook e escreve por lá! Beijos e abraços em todos!