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Rapadura: boa alternativa na Conde Bernardotte. Comida nordestina e Serramalte gelada!

Perto da casa da Luna, a Rua Conde Bernardotte costuma me abrigar quando quero tomar um chope rápido. Mas começava a ficar enjoado das opções. Rota 66, por exemplo, não me agrada nem um pouco. Desacato raramente vou. Acabo ficando sempre na Academia da Cachaça, quando estou com fome, ou no Informal, quando quero apenas beber. Mas a rua agora ganhou uma nova opção que muito me agradou: Rapadura. A cozinha tem pegada nordestina e além do bem tirado chope Brahma, você encontra por lá Serramalte (R$ 9), cerveja da qual sou fã e que está cada vez mais difícil beber no Rio.

O lugar, que fica colado na Academia da Cachaça, tem decoração muito bacana. As pinturas, os chapéus no teto, os detalhes dos doces, o cardápio.. Tudo remete ao Nordeste e foi feito com muito bom gosto.

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Mas vamos ao que interessa: comida. Estive duas vezes no local nas últimas semanas e por isso pude provar muitas das opções de petiscos. Ainda não conferi o almoço executivo ou os pratos oferecidos na casa. Alguns surpreenderam muito positivamente. Outros derraparam um pouco contrastando inclusive com a descrição do cardápio.

Abrimos com os caldinhos. São duas opções: Feijão (R$ 10) e Mocotó (R$ 12). O primeiro estava gostoso, apesar de um pouco espesso. Achei criativo o acompanhamento: um pastel sem recheio que fez as vezes do tradicional pãozinho. Já o segundo estava saboroso, mas pouco lembrava um untuoso caldo de mocotó. Senti falta de mais pedaços do principal ingrediente.

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Mantive a linha dos caldos e provei as Favas a Moda Sertaneja (R$ 15). A porção é maior, as favas estavam bem cozidas e o caldo saboroso pela presença de costelinha, bacon e linguiça. Mas assim como o de Mocotó, poderia ter mais das estrelas na porção.

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Fomos então para as Almofadinhas. Tratam-se de dois salgados com recheio cremoso de rabada com agrião (R$ 10). A rabada estava cremosa e saborosa, e a massa, aquela tradicional de risole, não estava das mais pesadas. Boa pedida.

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A primeira visita continuou com uma porção de Carne Seca Acebolada com farofa (R$ 21), que não estava nada demais. Comum como as que a gente encontra hoje em quase todos os bares da cidade. Pedimos também a dupla de pastéis de carne (R$ 8). Ao invés de carne moída, anunciou-se um ragú. Mas infelizmente o recheio estava seco e pouco saboroso.

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Finalizamos a primeira noite com a Salada Sertaneja (R$ 28,5). Mix de folhas com uma porção da carne seca acebolada ali de cima e com fatias de abóbora assadas no melaço de cana com especiarias. Não fosse este último detalhe seria uma salada meramente comum, mas as abóboras deram um toque especial.

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Na segunda investida provei mais algumas opções. E obviamente, com muitas Serramalte. Iniciei com os Quadradinhos de Tapioca com queijo Coalho (R$ 19,5). Na porção, alguns estavam bem crocantes e com bastante queijo. O molho de pimenta agridoce dava um toque bacana. Outros estavam bem mais massudos.

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Em seguida outro pedido inconstante. O chamado Pau de Arara são mini bruschetas de linguiça com queijo (R$ 27,5). O cardápio diz que os pães são dourados em manteiga de ervas, mas no meu caso isso não foi nem visto e nem notado. Os pães, por sinal, estavam moles, deixando claro que não foram nem dourados. O que amenizou a frustração foi a linguiça, esta bem saborosa.

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Para compensar, o último petisco da noite estava bem saboroso. Carne de Sol Acebolada na chapa com pimenta biquinho e farofa (R$ 41). Os nacos de carne estavam macios e saborosos e a cebola, bem refogada, ligeiramente adocicada. A acidez com pouca ardência da pimenta biquinho unia bem os sabores.

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Como disse acima, o Rapadura é uma grata novidade. A comida não é perfeita, mas surge como uma boa alternativa informal ali na Conde Bernardotte. Acredito que os pequenos detalhes podem e devem ser tranquilamente corrigidos, mas só de não ficar refém da Academia da Cachaça para comer bem naquela rua já é para ser comemorado.

Dúvidas ou considerações é só deixar no comentário ou mandar via Twitter ou Instagram (@GastroEsporte), ou melhor ainda, vai lá na página do Facebook e escreve por lá! Beijos e abraços em todos!

OBS: Peço mil desculpas pela ausência no blog nas últimas semanas. Como todos sabem, a gastronomia para mim é um esporte. E em função do trabalho foram três viagens consecutivas e muitas matérias pela frente. Mas agora o blog volta com sua programação normal!

O retorno ao Botero serviu para confirmar: bom bar, bons petiscos e drinks que surpreenderam…

Já havia comentado na época do Comida di Buteco que o Botero surgia como um grande bar no Rio de Janeiro. Isso porque tinha provado apenas o petisco concorrente e mais um pastelzinho. Mas estava devendo uma visita com mais calma. Ela aconteceu e não me arrependi. A casa no Mercadinho São José vale e muito a ida. O cardápio curto e bem executado contém petiscos interessantes. A cerveja está sempre muito gelada. Para quem não curte a bebida, os drinks surpreendem. E a trilha sonora ainda esbanja qualidade.

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Enquanto nada é escolhido, uma Serramalte bem gelada (R$ 8). Difícil beber essa bela cerveja por aí. E para começar os trabalhos, bons pasteis: rabada com agrião e costela com molho bordelaise (R$ 4,50 cada). O segundo estava melhor. Faltou um pouquinho de sal ao primeiro, que estava com sabor promissor (sou fã de rabada!).

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Eis que fomos surpreendidos pelo barman com duas cortesias. A primeira um drink que ainda não está no cardápio. Na taça de martini, uma curiosa combinação de rum, banana, coco e abacaxi surpreendeu. Já o segundo está lá na carta e vale muito a pedida: tequila, grenadine, cointreau, maracujá e gotas de tabasco (R$ 18). A sensação da pimenta deu toque bem especial à combinação.

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Resolvi pedir a lasanha de jiló (R$12). Gostosa, mas não inesquecível. Acho que faltou um pouco mais de molho para atenuar o amargor. Mas a farinha de paio conferiu um salgadinho e a textura.

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As bruschettas são campeãs já. Na época do Comida di Buteco eram três sabores. Agora o cardápio voltou a deixar apenas um: tomate, parmesão, ovo de codorna com gema molinha, farelo de paio e tomilho (R$ 19 seis unidades). Sempre um prazer a cada mordida.

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Fomos ainda com linguicinha de pernil com mini cebolas e batatinhas salteadas na manteiga de garrafa (R$ 28). O petisco vinha acompanhado de um chutney de pimenta que equilibrava de maneira perfeita e um molho de mostarda em grãos que estava gostoso. Ao olhar no cardápio imaginei algo bem gorduroso, mas tudo funcionou muito bem.

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O mesmo posso dizer do Stracotto, uma porção de carne cozida durante bom tempo na cerveja e servida em seu próprio molho (R$28). Além da cesta de pães, uma cabeça de alho assado acompanha o petisco e harmoniza perfeitamente. O doce do alho traz o equilíbrio. A estrela da noite.

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Conheci o bar há pouco tempo, mas virei fã. É sempre bom ter um lugar onde você pode comer e beber bem e ainda aproveitar de um ambiente descolado. Vale a visita. Dúvidas ou considerações é só deixar no comentário ou mandar via Twitter ou Instagram (@GastroEsporte), ou melhor ainda, vai lá na página do Facebook e escreve por lá! Beijos e abraços em todos!

Lima Restobar: um peruano que o Rio de Janeiro precisava. Drinks excelentes e cozinha que foge do comum!

A gastronomia peruana está ganhando cada vez mais força no mundo. Mas no Rio de Janeiro havia uma carência de lugares onde você pode perceber que o Perú é mais do que ceviches. Agora, além do Intihuassi, que não achei absolutamente nada de especial nas três vezes em que lá estive, surgiu o Lima Restobar. A casa que fica em Botafogo conta com equipe formada quase toda por peruanos que trouxeram sabores criativos, boas receitas e também drinks a base de Pisco que primam pela criatividade.

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A noite foi animada. Com mesa grande formada por amigos, até a comadre Pimenta e Limão que não estava tão “funcional” ainda, tive a oportunidade de provar muitos itens do cardápio e comprovar a variedade e complexidade de sabores. Mas todos saíram da lista de entradas. Como a ideia era jogar conversa fora, ficamos apenas petiscando sem chegar aos principais do menú.

Enquanto escolhíamos, um tradicional Pisco Sour (R$ 19,90). Gostoso, mas com tantos drinks inventivos na carta, nem é preciso parar nele. Vá direto ao El Bambino (R$ 19), que leva pisco, maracujá, limão, manjericão e blue curaçao. O último item é algo que não suporto, mas o drink estava fantástico.

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Já que é o prato mais típico, vamos aos ceviches e suas variações. São quatro opções. Pedimos um trio (R$ 42). O tradicional, com peixe branco e leite de tigre, estava lá, mas com um milho crocante que deu um bom contraste. Mas as outras receitas chamaram mais atenção. O Olivo Olvido leva peixe, polvo, uma tapenade de azeitonas e espuma de pimentão. A azeitona se fazia presente, mas sem mascarar os demais sabores, o que é um ponto muito positivo. A espuma se fez notar bem ao longe.

O Atum Criollo foge do peixe branco e conta com itens que tornam este ceviche muito interessante. O gengibre curtido traz frescor, o pepino japonês entra com textura e o maracujá faz bom contraste com o molho de ostras. Excelente pedida!

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Copos vazios, fomos para a segunda rodada de drinks. O Bohemio pareceu forte no primeiro gole. Mas depois suavizou e mostrou equilíbrio. Leva pisco, framboesa, pomelo e limão (R$ 19). Já o El Pituco conta com Pisco de morango, limão e mais morango (R$ 18,80). É o que mais se assemelha à nossa tradicional caipirinha.

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Mas vamos aos quentes. Como disse, a mesa era grande e os petiscos foram muitos. Primeiro as duas Causas. A base é a mesma, uma massa feita com batata que achei um pouco pesada. Mas os recheios estavam muito bons. A La Oliva leva nacos de polvo braseados com pimenta, azeitona e pimentões. O sabor defumado estava excelente e o pimentão entrava com o adocicado.

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A outra Causa foi a Pituco (R$ 32). A massa é a mesma, mas ela vem coroada por um tartar de salmão e acompanhada por salada de cogumelos, rúcula e cebola. Saboroso, mas não tão empolgante quanto o anterior.

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Os Camarones en su Rio são camaróes grandes empanados em crocante massa de quinoa (R$ 32,80). A massa estava saborosa, mas a estrela do prato foi o ensopado de feijão que serve de molho. Bem temperado, foi grata surpresa.

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Uma das grandes surpresas da noite pra mim foi o El Aji de Gallina del Norte (R$ 23,50). São bruschettas em pão de azeitona que servem de base para um frango braseado e um creme de pimenta. Completamente excelente.

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O último pedido da noite – te falei que a mesa era grande – foi a Picaña Costeña (R$ 29,40). São almôndegas defumadas acompanhadas de cebolas caramelizadas bem docinhas, linguiça calabresa e um molho que leva alho, alcaparra e coentro. Muito saboroso também, mas ligeiramente acima no sal.

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Como disse no início, a noite foi uma grata surpresa. É muito bom ver chegar ao Rio de Janeiro um peruano que foge do lugar comum. E o ambiente leve da casa te permite sentar com amigos para beber e petiscar, como foi o meu caso. Ou então simplesmente curtir um jantar formal. Os pratos são convidativos e não vejo a hora de voltar para apreciá-los!

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Obs: Algumas fotos eu acabei perdendo em função de um problema no celular. As mais claras são de Divulgação. Obrigado e desculpe!

Comida di Buteco 2013: as cinco primeiras visitas. Quem roubou a cena foi o estreante Botero!

Começou na última sexta-feira dia 12 a mais nova edição do Comida di Buteco. Com a Heineken como nova patrocinadora nas ampolas, 30 bares espalhados pela cidade criaram petiscos tendo como obrigação o uso de linguiça e/ou aipim. No domingo iniciei a minha peregrinação, que será curta este ano já que na sexta-feira embarco de férias para a Europa onde farei outro tipo de circuito! Mas até lá pretendo ir a mais alguns lugares. Vão aqui então as minhas primeiras impressões e os pitacos.

Vamos começar por quem roubou a cena. O estreante Botero, que tem movimentado o tradicional Mercadinho São José em Laranjeiras, serve uma porção de seis mini bruschettas criativa e extremamente saborosa (R$ 22). O primeiro par é a clássica de tomate com um ovo de codorna frito, farelo de paio e um toque de tomilho. Para ficar impecável mesmo só se a gema estivesse mole. A segunda não teve tanto brilho, mas também é gostosa: base de tomate e rodelas de linguiça. A última estava perfeita: costela desfiada bem molhadinha e suculenta com um creme de aipim por cima. O melhor do dia. Para beber Brahma Extra (foi mal Heineken).

O campeão do dia.. Bruschettas impecáveis do Botero que ainda conta com um cardápio excelente!

O campeão do dia.. Bruschettas impecáveis do Botero que ainda conta com um cardápio excelente!

De lá fomos para o Baixo Gago provar a Sinhá Moça, duas empadas com massa de aipim recheadas com linguiça acompanhadas por uma bela geleia de pimenta (R$ 19,90). Achei a massa um pouco pesada, apesar de saborosa. A descrição do petisco dizia que o recheio era cremoso, mas no nosso caso veio apenas linguiça picada. Avisamos ao muito atencioso garçom Thiago que providenciou em um potinho o creme que não veio dentro e que fez toda a diferença amenizando o tom picante do embutido e trazendo um toque de gorgonzola. Para beber Serramalte (foi mal de novo Heineken!).

Empadas de aipim com recheio de linguiça e bela geleia de pimenta..

Empadas de aipim com recheio de linguiça e bela geleia de pimenta..

Deixamos Laranjeiras e fomos para o Humaitá rumo ao Palhinha. Boa surpresa. Trata-se de uma porção de linguiça de javali flambada em cachaça envelhecida, cebola roxa e pimenta dedo de moça (R$ 29,90). A linguiça era normal, mas o acebolado estava muito saboroso e a pimenta deu um toque fundamental. A cachaça estava bem presente e aromática. Compõe ainda o petisco uma porção de grissinis de aipim com quijo que estavam saborosos, mas zero crocantes o que prejudicou. O molho de maionese dispensável está lá ao lado de geleia de pimentão. Uma Brahma para dentro (opa Heineken!).

Linguiça de javali com acebolado saboroso e grissinis de aipim.. Petisco do Palhinha foi bem...

Linguiça de javali com acebolado saboroso e grissinis de aipim.. Petisco do Palhinha foi bem…

Vamos então subir o morro. Na pacificada Ladeira dos Tabajaras, o estreante Bar do Bahiano serve bolinho de aipim com recheio de camarão (R$ 15). Como vocês já sabem, não como camarão por alergia. Mas provei a saborosa massa que é feita na acanhada cozinha do bar que fica na movimentada ladeira. Estava bem leve o salgado e o molho desta vez não foi dispensável e estava gostoso. Além disso, a visita vale pela simpatia dos funcionários e em especial do Bahiano. O orgulho que ele sente de estar no concurso foi de arrepiar. Voltarei para provar as outras opções do cardápio. Bebi Brahma outra vez!

Simples, mas eficiente, os croquetes de camarão com massa de aipim do Bahiano.. Molho saboroso..

Simples, mas eficiente, os croquetes de camarão com massa de aipim do Bahiano.. Molho saboroso..

Finalizamos o domingo subindo mais ladeiras. Do Tabajaras para o Chapéu Mangueira, no Leme, onde finalmente conheci o Bar do David, que já abocanhou um terceiro lugar e um vice campeonato. Este ano atacam de nacos de linguiça empanados em farinha de especiarias aos dois molhos acompanhados de chips de aipim (R$ 22,90). Os chips estavam bem gostosos. Um dos molhos era uma espécie de chimichurri muito saboroso. Já o outro não manteve o nível e poderia ficar de lado. As linguiças eram gostosas, mas não senti bem as especiarias. Ou seja, petisco de altos e baixos, mas que você acaba relevando também em função da simpatia do David. E lá bebemos a primeira Heineken do domingo!

Nacos de linguiça empanadas, chips de aipim e dois molhos para acompanhar.. Petisco do David..

Nacos de linguiça empanadas, chips de aipim e dois molhos para acompanhar.. Petisco do David..

Nesta semana pretendo dar as caras pela Zona Norte e conhecer o que for possível antes da viagem. Os endereços e horários de funcionamento das casas que visitei e dos demais participantes você confere lá no site oficial do Comida di Buteco.

Mais informações, como vocês já sabem, sempre no Twitter e no Instagram (@GastroEsporte). Até a próxima! Beijos em todos! Ah! Lembrando que agora o Gastronomia por Esporte também está no Facebook! Cliquem e curtam a página! Por lá vocês vão conferir todas as novidades do blog! http://www.facebook.com/gastroesporte

Bistrô Escola do Pão: o couvert já vale (e muito!) a visita.. Mas teve jantar, sobremesa…

A Escola do Pão está sempre citada entre as melhores casas para tomar café da manhã no Rio. Como disse no post da Casa da Táta, esta não é minha refeição preferida e por isso ainda não conferi o de lá. Mas a mesma casa funciona também como um bistrô. E a comida é deliciosa, feita com bastante cuidado e consegue sempre proporcionar uma noite agradável. E, mesmo que você não queira encarar o jantar, escute a minha dica e ao menos vá conhecer o sempre espetacular couvert.

Antes de chegar lá, um detalhe da decoração. Antes de entrar ao restaurante, um corredor bem caseiro com os prêmios da casa chama atenção. O salão todo é decorado neste espírito. A cozinha é semi-aberta e fica no fundo com a lojinha dos produtos na frente.

No corredor que leva até o restaurante ficam pendurados os muitos prêmios recebidos pela casa..

No corredor que leva até o restaurante ficam pendurados os muitos prêmios recebidos pela casa..

Aconchegante e com decoração caseira, o salão não é muito grande e divide espaço com a lojinha.. No fundo a janela da cozinha..

Aconchegante e com decoração caseira, o salão não é muito grande e divide espaço com a lojinha.. No fundo a janela da cozinha..

Mas vamos para a comida. Ou melhor, para o couvert. A farta pedida vem em um suporte charmoso de madeira. Serve tranquilamente duas pessoas (R$ 38). Éramos cinco e pedimos dois. A vantagem foi que veio uma variedade maior dos deliciosos pães. Chamou atenção a broa de milho, o pão de leite e o de cerais. Mas até a básica baguetinha é muito bem feita.

A estrela da noite.. Pães quentinhos, gratin de queijos, geleia, saladinha, azeite aromatizado.. Espetáculo!

A estrela da noite.. Pães quentinhos, gratin de queijos, geleia, saladinha, azeite aromatizado.. Espetáculo!

Além dos pães, o couvert inclui um espetacular gratin de queijos que vem tostadinho e delicioso. Como pedimos dois, alguns itens não se repetiram. Uma saladinha com vinagrete na medida também acompanha, assim como geleia de damasco, tomate seco e até uma beterraba agridoce. Confiram as fotos e babem! Ah! O vinho foi um Almanegra Misterio I, completamente excelente. Um blend no qual vc não sabe as uvas (R$ 120).

O segundo couvert veio com pães diferentes, tomate seco e uma berinjela agridoce bem saborosa...

O segundo couvert veio com pães diferentes, tomate seco e uma berinjela agridoce bem saborosa…

Veio ainda uma porção de bruschettas caprese. Novamente o que se destaca é o pão. O queijo era mussarela simples e não de búfala (R$ 24).

De queijo, tomate e manjericão, a bruschetta se destaca mais pelo pão do que pelo recheio em si..

De queijo, tomate e manjericão, a bruschetta se destaca mais pelo pão do que pelo recheio em si..

O couvert por si só já valeu. Poderia tranquilamente pedir a conta e dormir feliz. Mas nem todo mundo fez redução de estômago. Foram pedidos três pratos. O primeiro um clássico steak au poivre (R$ 68). Filé alto no ponto certo, molho saboroso, mas a verdadeira estrela foi o acompanhamento. Uma espécie de croquete de batata com textura crocante por fora e macia por dentro. No recheio alho poró e presunto parma. Incrível!

O steak au poivre veio com molho saboroso, mas a estrela foram os croquetes de batata recheados.. Incríveis!

O steak au poivre veio com molho saboroso, mas a estrela foram os croquetes de batata recheados.. Incríveis!

O Filé superb vem recheado com queijo boursin cremoso e saboroso, e regado com um molho bem gostoso de mostarda a l’ancienne (em grãos). O acompanhamento original é batata gratinada. Mas Luna preferiu trocar por um risoto de limão siciliano que estava apenas correto (R$ 68) na textura e com acidez bem controlada.

O grande filé vem com recheio de queijo boursin, molho de mostarda a  L´Ancienne e risoto de limão..

O grande filé vem com recheio de queijo boursin, molho de mostarda a L´Ancienne e risoto de limão..

O terceiro prato foi um filé de cherne com molho de camarões e alcaparras (R$77). O peixe estava muito bem feito. O molho nem provei pela alergia. O acompanhamento uma outra variedade dos espetaculares croquetes de batata, desta vez com catupiri e espinafre.

O cherne veio bem cozido acompanhado com diferentes croquetes de batata.. Este prato já veio dividido! E o molho de camarões não tá na foto!

O cherne veio bem cozido acompanhado com diferentes croquetes de batata.. Este prato já veio dividido! E o molho de camarões não tá na foto!

Depois de tudo isso, ainda veio a sobremesa. Luna garimpou a sugestão no pé do cardápio, já que ela não faz parte do menu fixo. E foi outro grande acerto. Uma rabanada levíssima recheada com creme patisserie aromatizado baunilha (R$ 26). A textura e o sabor estavam impecáveis. Ainda vinha acompanhado de um sorvete de creme com base crocante e uma calda quente de caramelo salgado. Inesquecível.

Simplesmente demais.. A rabanada veio recheada com creme patisserie.. Ao lado sorvete de baunilha sobre base crocante e calda quente de caramelo!

Simplesmente demais.. A rabanada veio recheada com creme patisserie.. Ao lado sorvete de baunilha sobre base crocante e calda quente de caramelo!

A noite foi praticamente toda de acertos. Vale citar também o belo atendimento do staff atencioso. Um belíssimo jantar na casa de Clécia e Elen Casagrande. Na saída vem a tentação de passar pela lojinha onde os produtos de fabricação caseira são vendidos. Complicado passar por lá sem no mínimo fuxicar as novidades. Agora resta um dia voltar para conhecer o café da manhã tão badalado!

Após o jantar, você pode comprar pães, biscoitos e outros deliciosos produtos de fabricação própria.. Tentação!

Após o jantar, você pode comprar pães, biscoitos e outros deliciosos produtos de fabricação própria.. Tentação!

Mais informações sempre no Twitter e no Instagram (@GastroEsporte). Até a próxima! Beijos em todos!

Escola do Pão
– Rua General Garzon, 10, Lagoa, Rio de Janeiro – RJ – (21) 2294-0027 / (21) 3205-7275
Bistrô: ter a sáb, das 17h à meia-noite.
Café da manhã: sáb e dom, das 9h às 13h;
Venda de pães: ter a sáb, das 9h à meia-noite; e dom, das 9h às 13h

Noite decpecionante em um lugar que não costumava falhar: Prima Buschetteria…

Um dos lugares que mais gosto de frequentar no Rio é a Prima Bruschetteria. Nos primeiros meses, batia ponto lá toda semana. Hoje a assiduidade não é tanta, mas nos momentos de indecisão sobre onde ir costumo lembrar o nome da casa por gostar muito. No entanto minha última experiência foi repleta de decepções, infelizmente. Tiveram acertos sim, mas a frustração no fim das contas foi o saldo da noite do último domingo na unidade do Leblon (existe uma segunda no Fashion Mall, em São Conrado).

A casa... As mesas do lado de fora também são sempre concorridas... Difícil chegar e não encontrar fila..

A casa… As mesas do lado de fora também são sempre concorridas… Difícil chegar e não encontrar fila..

A noite pareceu que seria perfeita. Não só conseguimos uma mesa de cara já que lá está sempre cheio como também arrumamos vaga na porta. Como estava sem beber, abri mão do vinho da casa (razoável , mas com preço muito em conta) ou então de alguma garrafa da carta enxuta. Os drinks que gosto tanto, principalmente o rossini spritz, que leva espumante, morango, hortelã, vodka e club soda, também ficaram fora da mesa.

Acanhado, o salão é bem decorado.. No quadro acima, as sugestões da semana que costumam mudar..

Acanhado, o salão é bem decorado.. No quadro acima, as sugestões da semana que costumam mudar..

As bruschettas são finalizadas em um balcão que dá de frente para o salão..

As bruschettas são finalizadas em um balcão que dá de frente para o salão..

Vamos então para as estrelas da casa: as bruschettas. A primeira que pedi foi o grande acerto da noite: mascarpone, salmão defumado e edução de balsâmico com laranja (R$ 11,70). A combinação estava perfeita. O único porém foi a crocância do pão. Comentei com a garçonete e as outras vieram mais crocantes. Mas o recheio estava muito bom.

A melhor da noite... Os sabores se complementaram perfeitamente.. O defumado do salmão com o doce da redução e a cremosidade do mascarpone formaram uma bela combinação..

A melhor da noite… Os sabores se complementaram perfeitamente.. O defumado do salmão com o doce da redução e a cremosidade do mascarpone formaram uma bela combinação..

O mesmo não se pode dizer da Quattro Fromaggi (R$ 8,90). Me empolguei ao ver o taleggio na combinação que tinha ainda mozzarella, grana padano e gorgonzola. Mas o último sobressaiu e escondeu o sabor dos demais. Gorgonzola é para ser utilizado na medida certa. Acabou sendo demais.

O recheio estava pesado.. O gorgonzola dominou e queijos interessantes como o taleggio e o grana padano mal foram notados..

O recheio estava pesado.. O gorgonzola dominou e queijos interessantes como o taleggio e o grana padano mal foram notados..

Na mesa foi pedida uma de tomates com cogumelos (R$ 8,90). não provei, mas os comentários foram bons.

Essa não provei, mas os relatos foram positivos.. Mas no cardápio há uma de cogumelos cremosos que é muito boa..

Essa não provei, mas os relatos foram positivos.. Mas no cardápio há uma de cogumelos cremosos que é muito boa..

Minha segunda foi de Ragú Toscano (R$ 9,30). Fui convencido pela equipe. De fato o ragú estava gostoso, apesar de carregado na pimenta. Eu gosto, mas se você tem implicância com coisas picantes é melhor escolher outra. A de cogumelos cremosos com grana padano costuma ser muito boa. Mas esse não foi o problema maior. Os cubos de carne vieram muito grandes. Se fosse algo para comer com garfo e faca não teria qualquer problema. Mas não é o caso. Na primeira mordida os pesados cubos caíram do pão que, molhado perdeu a crocância (olha o problema aí de novo!). A solução para isso é muito simples. A cozinha poderia dar uma desfiada. Facilitava para todos.

A foto ficou escura, mas dá para reparar nos cubos grandes do ragú.. Infelizmente em uma bruschetta não pode ser assim...

A foto ficou escura, mas dá para reparar nos cubos grandes do ragú.. Infelizmente em uma bruschetta não pode ser assim…

Veio ainda uma que é sempre tiro certo: burrata cremosa com pesto e tomate cereja (R$ 9,70). Essa não tem como dar errado. A combinação estava muio boa e o pão perfeito.

Essa é tiro certo: burrata cremosa, pesto saboroso e tomates docinhos.. não tem erro..

Essa é tiro certo: burrata cremosa, pesto saboroso e tomates docinhos.. não tem erro..

Outra pedida que acabei não provando, mas que recebeu muitos elogios foi a de parma com pesto e grana padano (R$ 10,20).

Não provei também, mas os relatos foram bons.. Na mesa três pediram esta.. Então devia estar boa..

Não provei também, mas os relatos foram bons.. Na mesa três pediram esta.. Então devia estar boa..

Após a sequência de bruschettas com altos e baixos, fui em outro tiro certo: os risotos. Pedi um pequeno de calabresa na cerveja preta com tomates (R$ 24, o inteiro sai por R$ 41). O ponto do arroz estava certo, a conscistência muito boa, a farofinha de pão com ervas dá um toque perfeito, mas o erro desta vez foi no sal. Estava demais. Realmente uma pena. Outras opções são de camarão com limão siciliano, tomate burrata e manjericão e cogumelos com azeite de trufas (este você vai fazer em casa como eu ensinei, por favor!!!) Os preços são parecidos. Massas também parecem ser interessantes, mas nunca comi.

Cremoso, quente e com farofa de pão italiano saborosa.. Mas o sal em grande quantidade matou o prato..

Cremoso, quente e com farofa de pão italiano saborosa.. Mas o sal em grande quantidade matou o prato..

Fomos então à sobremesa. Pedimos um crepe de Nutella com sorvete de baunilha bourbon e calda de frutas vermelhas (R$ 18). Em função de um erro no sistema de comandas, nosso pedido demorou pouco menos de 30 minutos para chegar. E quando veio, apesar de bonito na foto, voltou para a cozinha cinco minutos depois. Crepe frio, Nutella já seca e sorvete zero cremoso. Uma sucessão de erros. Acho terrível devolver comida, mas realmente estava muito ruim, ainda mais após a longa espera. A equipe compreendeu e pediu desculpas.

A foto ficou boa... Parecia promissor.. Mas tudo estava errado e infelizmente voltou para a cozinha..

A foto ficou boa… Parecia promissor.. Mas tudo estava errado e infelizmente voltou para a cozinha..

Antes da conta a situação mais surreal da noite. Pedimos uma água sem gás e a senhora que me pareceu ser a gerente pediu desculpas e disse que em função do movimento as garrafas haviam acabado. Acho absurdo, mas passível de acontecer. Para compensar ela ofereceu água da bica. Depois percebeu o que havia falado e disse que se tratava da água filtrada dos funcionários. Mas aí já era. A boa intenção acabou sendo meio sem noção.

Foi o que disse no início. A experiência, desta vez, foi muito ruim. Mas não o suficiente para me fazer não voltar lá. Espero que tenha sido um lapso, já que alguns acertos aconteceram. Prefiro acreditar nisso e em breve dar nova chance a essa casa da qual já fui fã número 1.

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Prima Bruschetteria
– Rua Rainha Guilhermina, 95 – Leblon, Rio de Janeiro – RJ, 22441-120 – (21) 3592-0881
Horário: Segunda a quarta: 12h às 0h30
Quinta e sexta: 12h às 1h30
Sábado: 10h às 1h30
Domingo: 10h às 0h30