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Pelo mundo: um joelho de porco pururuca com litros de chope inesquecível em Viena. Este é o Salm Bräu!

Quem me acompanha por aqui, soube que no mês passado fui de férias para a Europa. Durante a passagem por Paris até fiz algumas receitinhas como a soup a l’oignon ou o purée de pommes a l’ancienne. Mas além do passeio pela França, conheci parte do Leste Europeu com o tradicional trio Praga-Viena-Budapeste. A dica de hoje vai para quem um dia passar pela capital da Áustria, terra do schnitzel com batatas e da famosa torta sacher. Mas a dica aqui é para quem tem estômago forte. No Salm Bräu a pedida é uma só: joelho de porco pururucado ou Eisbein. Simplesmente inesquecível, digno do Enchendo Linguiça, casa que serve um excelente aqui no Rio.

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O lugar por si só já vale a visita. Fica ao lado do imponente e maravilhoso Palácio Belvedere, um dos principais pontos turísticos da cidade. Com uma área externa agradável, o restaurante tem produção própria de quatro chopes perfeitos para acompanhar qualquer que seja o pedido. Provei obviamente todos: Pilsen, Weiss, Ale e Wite. E ainda rola uma quinta opção que muda conforme a temporada. Neste dia era um Helles Chilli chamado de Burning Hell. Estava simplesmente espetacular!

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Chope de meio litro por favor!

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Mas voltemos à estrela da casa. O cardápio diz que serve duas pessoas. Mas o carnudo joelho foi até demais para três. O sabor defumado estava ideal e a casquinha pururucada incrível! E ainda vinha servido com uma mostarda excelente e raiz forte fresca ralada.

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No fim das contas abandonei o garfo e caí dentro do osso. Uma delícia!

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O melhor é que chegamos no local no meio da tarde e pegamos o Happy Hour. Ou seja, o chope de meio litro saiu pela bagatela de 3 euros. O prato do joelho custava 22 euros. Não é fã de joelho? Pratos variados estão presentes no cardápio. Vale muito a visita caso você esteja passando por lá!

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Mais uma de Paris: Purée a L’Ancienne. Uma maneira simples de elevar seu purê de batata a outro nível!

Mais uma historinha parisiense aqui no blog depois da nossa Soup a L’Oignon. Assim que chegamos ao apartamento que alugamos em Paris, a locatária me mostrou uma propaganda de um curso de culinária que aconteceria dias depois do meu retorno. Parecia até que ela sabia da minha paixão por cozinha. O tema da aula era variações de pratos feitos com batata como base. O primeiro que seria ensinado era Purée de Pommes a L’Ancienne, ou purê com mostarda. Pensei: por que não fazer aqui? É um acompanhamento simples e perfeito para um bom bife, ou então um frango grelhado… No nosso caso, esteve ao lado de um belo hambúrguer coberto com emmental.

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Mas voltemos ao purê, estrela do post. Para mais ou menos quatro pessoas você irá precisar de: um quilo de batatas, seis colheres de sopa de manteiga, uma xícara de leite e duas colheres de sopa de mostarda a l’ancienne, que hoje você encontra em qualquer lugar (é aquela com as sementes).

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Descasque e cozinhe as batatas em água com sal. Feito isso, amasse-as enquanto ainda estão quentes e leve de volta à panela.

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Entre com o leite e com a manteiga e mexa com cuidado para emulsionar e deixar bem leve. Achou espesso? Coloque um pouco mais de leite.

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Com o purê praticamente pronto, entre com a mostarda e mexa. Pronto. Sirva com a carne de sua preferência e se esbalde! Além de sabor, a mostarda a l’ancienne deixa o prato mais bonito com as sementes. Simples e delicioso!

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Obs: caso queira melhorar ainda mais, aqueça o leite com uma folha de louro e alguns dentes de alho esmagados e retire-os antes de incorporar ao purê. Não fiz isso em Paris, mas o sabor é interessante.

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Fim das férias! E um pedaço de Paris na sua casa. Aprenda a tradicional Sopa de Cebola: simples e fácil de fazer!

Como os amigos e amigas que acompanham o blog perceberam, passei minhas férias viajando pela Europa. Ao mesmo tempo que pude conhecer grandes restaurantes, novos ingredientes e obviamente me divertir demais, também tive a oportunidade de cozinhar um pouquinho. Especialmente em Paris, cidade em que passei mais tempo em um apartamento alugado. E por lá, em uma noite fria após andar bastante pelas encantadoras avenidas parisienses, resolvi de improviso fazer uma das mais famosas receitas francesas: a Soup a L’Oignon ou no bom português sopa de cebola.

Um bom tinto acompanhou a sopa perfeitamente no frio de Paris.. Aproveitem!

Um bom tinto acompanhou a sopa perfeitamente no frio de Paris.. Aproveitem!

Por que de improviso? Porque faltou aqui e ali um ou outro ingrediente na receita tradicional que você pode colocar quando fizer em casa. Ou então siga o meu jeito que com certeza absoluta vai ficar deliciosa. Vamos então aos ingredientes para duas pessoas com bastante fome.

700 gramas de cebolas fatiadas
Duas colheres de sopa de manteiga
Um fio de azeite
1 litro de caldo de galinha ou de legumes
Sal
Pimenta do reino
Uma taça de vinho branco
Fatias de pão tostadas
Queijo gruyere ralado (usei um comté espetacular que havia comprado)
Mostarda de Dijon

Tudo separado para a versão rápida da sopa de cebola clássica da França..

Tudo separado para a versão rápida da sopa de cebola clássica da França..

O que não coloquei que deveria ter colocado:
Uma colher de sopa cheia de farinha de trigo após o refogado inicial para engrossar a sopa.
Um bouquet garni (salsa, alecrim, tomilho e cebolinha amarrados em um barbante) durante o cozimento para ser retirado no fim.
Uma pimenta dedo de moça (mania de Troisgros), também no refogado.

Vamos ao modo de preparo. Descasque e fatie em meia lua as cebolas. Enquanto isso, coloque o caldo para aquecer em fogo baixo em outra panela. Aqueça o azeite e a manteiga e entre com apenas metade das cebolas. Se você colocar tudo, a panela irá esfriar rapidamente e as cebolas vão soltar muita água. Tempere com sal e pimenta.

Caldo aquecendo ao fundo e cebola iniciando o refogado na manteiga e azeite com sal e pimenta do reino..

Caldo aquecendo ao fundo e cebola iniciando o refogado na manteiga e azeite com sal e pimenta do reino..

Assim que começar a refogar, entre com o restante da cebola, mais um fio de azeite e um pouco de manteiga. Agora começa a paciência. Abaixe um pouco a chama do fogão e vá mexendo de vez em quando as cebolas. É para escurecer sem queimar, deixando com cor de caramelo. Enquanto vai chegando no ponto, corte o pão em fatias e coloque no forno para torrar. Aproveite também para ralar o queijo.

Com paciência e fogo baixo, a cebola vai caramelizando e ganhando este tom marrom..

Com paciência e fogo baixo, a cebola vai caramelizando e ganhando este tom marrom..

Com a cebola murcha e caramelizada, entre com o vinho branco e mexa para soltar o  fundo. Após alguns minutos você entra com o caldo aquecido, abaixa o fogo e cozinhe de 20 a 30 minutos.

Após o vinho, entre com o caldo, reduza o fogo e deixe cozinhar lentamente..

Após o vinho, entre com o caldo, reduza o fogo e deixe cozinhar lentamente..

Pegue as torradas e passe uma fina camada de mostarda. Após cozinhar, pegue tigelas individuais e coloque a sopa. Ou então, como meu apartamento não tinha, coloque em um grande pote que possa ir ao forno. Posicione as torradas besuntadas com mostarda por cima e cubra tudo com o queijo.

Após torrar os pães, passe uma leve camada de mostarda dijon e coloque-as por cima da sopa..

Após torrar os pães, passe uma leve camada de mostarda dijon e coloque-as por cima da sopa..

Cubra as torradas e a sopa com queijo ralado e leve ao forno alto para gratinar..

Cubra as torradas e a sopa com queijo ralado e leve ao forno alto para gratinar..

 

Após alguns minutos no forno bem quente, sua sopa estará perfeitamente gratinada e pronta para amenizar o frio. Sirva com um bom tinto e pronto! Perfeito para uma noite em Paris e também em qualquer lugar!

Após gratinar, a sopa está pronta para ser servida!

Após gratinar, a sopa está pronta para ser servida!

É isso, pessoal. O Gastronomia por Esporte está de volta! Espero que tenham sentido a minha falta assim como eu senti de escrever por aqui. E novidades estão por vir! Enquanto isso, sigam no Instagram (@GastroEsporte) e curtam a página no Facebook! Até a próxima!

Peixes frescos e mariachis com vista para o Pacífico.. Almoço lindo em Talcahuano!

Sei que dificilmente algum leitor irá planejar visitar a província de Concepción, no Chile. Eu mesmo mal havia ouvido falar até saber que o Fluminense, clube que acompanho o dia a dia pelo GLOBOESPORTE.COM, iria enfrentar o Huachipato pela Libertadores. Com isso, lá fui eu ao lado dos tricolores conhecer a pequena e pacata Talcahuano. E digo, foi uma experiência incrível poder ver como a cidade foi reconstruída após sofrer há três anos com uma tsunami gerada pelo sexto maior terremoto da história.

Uma das portas de entrada da onda foi a Avenida Lenga, que, após a reconstrução abriga restaurantes simples, mas deliciosos como o La Barca. Em frente ao mar do Pacífico que abastece as casas com peixes fresquíssimos, a casa serve comida simples, bem feita e autêntica. Fomos parar lá por indicação do simpático motorista René, que disse comer sempre na casa. Ou seja, se os locais vão é para lá que devemos ir. E não poderia ter sido melhor. Para começar, antes da comida, saca a vista do restaurante. O Oceano Pacífico inteiro para você.

A incrível vista do Oceano Pacífico.. E pensar que há três anos este mar subiu com uma tsunami e devastou a região inclusive o La Barca..

A incrível vista do Oceano Pacífico.. E pensar que há três anos este mar subiu com uma tsunami e devastou a região inclusive o La Barca..

O almoço começou com as sopaipillas, pão em forma de disco e frito em óleo. Acompanha uma pasta de pimenta bem picante, mas saborosa, e uma salsa de tomate que, como é comum por lá, carregada no coentro.

O couvert consiste em um pão chamado sopaipillas acompanhado de uma salsa e uma pimenta bem picante!

O couvert consiste em um pão chamado sopaipillas acompanhado de uma salsa e uma pimenta bem picante!

Sentamos do lado da cozinha e a todo instante a gente via as cozinheiras simpáticas olhando o movimentado salão.

O staff é jovem, mas a cozinha é comandada por simpáticas senhoras que toda hora conferem o salão..

O staff é jovem, mas a cozinha é comandada por simpáticas senhoras que toda hora conferem o salão..

Para beber, Santa Emiliana. Era a única meia garrafa da casa. Nada demais, um simples Sauvignon Blanc. Quase um vinho da casa, mas geladinho desceu bem.

Única meia garrafa da casa, este sauvignon blanc não tinha nada de especial, mas caiu bem...

Única meia garrafa da casa, este sauvignon blanc não tinha nada de especial, mas caiu bem…

Fomos aos pedidos então. Os peixes frescos e pescados no dia servidos na casa podem ser feitos a la plancha, na frigideira com manteiga e ervas, ou empanado e frito. Todos pedimos a primeira opção. Eu fui em um salmão com batatas cozidas e salada simples. Vale ressaltar que, mesmo um pouco passado, o sabor do peixe é incrivelmente diferente do que estamos habituados no Brasil. Delicioso.

Salmão fresquinho com batatas cozidas e uma saladinha simples... Delícia presente justamente na simplicidade..

Salmão fresquinho com batatas cozidas e uma saladinha simples… Delícia presente justamente na simplicidade..

O grande parceiro Kiko Menezes foi de reineta. O peixe é encontrado na costa chilena e lembra muito o nosso linguado. Fresco, saboroso e bem feito, foi acompanhado de batatas fritas.

A Reineta veio com fritas... O peixe é incrivelmente leve e saboroso...

A Reineta veio com fritas… O peixe é incrivelmente leve e saboroso…

Já o amigo Cabral, conhecido como Russo, também foi de reineta, mas “a lo pobre”. Esta combinação consiste em cebolas caramelizadas e um par de ovos fritos por cima do peixe. Combinação inusitada, mas que caiu bem.

A Reineta pode vir "a lo pobre", com ovo e cebolas caramelizadas por cima... Combinação diferente...

A Reineta pode vir “a lo pobre”, com ovo e cebolas caramelizadas por cima… Combinação diferente…

No fim, outro fato inusitado. Uma banda de mariachis entrou no salão e começou a tocar músicas latinas. Poderia ser chato, mas acabaram contagiando e animando o almoço de todos.

Os Mariachis entraram e animaram o fim do almoço. Cena inusitada na pacata Talcahuano!

Os Mariachis entraram e animaram o fim do almoço. Cena inusitada na pacata Talcahuano!

Como disse, sei que é difícil alguém planejar uma visita para Talcahuano. Mas se por algum capricho do destino você cair lá como eu caí, reserve um tempo para conhecer e almoçar no La Barca. Não vai se arrepender!

Mais informações sempre no Twitter e no Instagram (@GastroEsporte). Até a próxima! Beijos em todos! Ah! Lembrando que agora o Gastronomia por Esporte também está no Facebook! Cliquem e curtam a página! Por lá vocês vão conferir todas as novidades do blog! http://www.facebook.com/gastroesporte

La Barca Restaurant
Avenida Lenga 306 Of. Hualpén – Talcahuano – (56) – (41) – 2433305 – Chile